Tecnologia, além da TI, que gera lucro e crescimento até mesmo na crise.

Nos últimos meses tive mais contato com amigos que trabalham na Arezzo e entendi um pouco mais da visão e da operação da companhia, além de matar a saudade do chão de fábrica e admirar a qualidade das instalações em Campo Bom, praticamente um sonho de consumo nos meus tempos de PPCP na saudosa StarSax.

Conhecendo um pouco mais da operação e da estratégia fica muito claro que a associação entre conhecimento do negócio e o uso da tecnologia para viabiliza-lo fazem a diferença em qualquer mercado.

Numa análise superficial e com as poucas informações que tenho, arrisco dizer que mesmo uma indústria tradicional, como a calçadista, focando na qualidade de processo, pessoas e tecnologia fatalmente terá bons resultados econômicos. Percebi claramente que é um negócio cada vez mais baseado em tecnologia e inteligência de mercado, com clareza de propósito. Quando falo de tecnologia não estou falando só de TI ou e-commerce, estou falando também de chão de fábrica, supply chain e outras coisas do “mundo real” que muitas vezes parecem ter menos glamour.

Hoje ao ler esta noticia,  http://portalnovarejo.com.br/index.php/component/k2/item/14301-arezzo-consegue-lucro-de-r-36-mi-no-trimestre constatei que minha percepção estava correta. A geração significante de lucro em tempos de crise, com diversificação de produtos e plataformas de distribuição, são a cereja do bolo para minha analise frugal.

Desta forma convido todos nós, que muitas vezes marejamos os olhos somente ao ler cases bem escritos sobre startups digitais, a olhar com carinho a “indústria tradicional” e identificar oportunidades para aprender sobre geração de valor numa cadeia produtiva – incluindo lucro líquido- e aportar conhecimentos de tecnologia, processos, gestão da inovação para criação de uma startup dentro de uma grande empresa.

Lembrando que tudo usamos, ou tentamos, nos modelos ágeis, lean, gestão a vista, estoque zero e qualidade inserida no processo veio lá do chão de fábrica.

Produtização, este nome feio,  mas que é do bem e competente, é o conceito comum que elimina o uso da tecnologia pela tecnologia e cria valor aos negócios que não eram baseados em TI.

Aportar tecnologia em toda a cadeia produtiva de produtos digitais, exatamente no conceito da fábrica onde objetivo final é colocar produto na mão do cliente, sapato no pé, ferro na obra, informação na tela,… é a minha visão de negócios baseados em tecnologia.

Se você quer conhecer o leão saia do escritório e vá ao Serengeti !

Não vamos matar, nem temos a pretensão de salvar um leão por dia, só vamos tornar a vida dos leões sustentável, bem mais fácil e integrada na vida competitiva do seculo 21, mas vamos lá para o Serengeti, sem CNPT. Partiu?!

Parabéns e obrigado a Arezzo que nos ajuda a comprovar que há vida na vida real. 🙂

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